Saiba mais sobre mobilidade e acessibilidade nos campi
Publicada em 24/09/2024
Muitas vezes, quando se fala em pessoas com deficiência, a primeira imagem que vem à cabeça são as dificuldades de locomoção em espaços físicos não acessíveis, diante, por exemplo, de escadas, da falta de calçadas.
Já vimos, nos primeiros posts sobre o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, que a pessoa com deficiência é “aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”.
Ou seja, as barreiras vão além do espaço físico. Elas podem ser arquitetônicas e urbanísticas, mas também naturais, de comunicação, atitudinais, de equipamentos, instrumentos e transporte. Diminuir essas barreiras faz com que o PcD tenha igualdade de condições e acesso.
O tema deste post é acessibilidade arquitetônica e urbanística, espaços físicos, especialmente nos campi da Â鶹ÊÓƵ.
Será que as rampas, elevadores, os banheiros adaptados, as rotas até os prédios estão sendo suficientes para promover acessibilidade a estudantes, trabalhadores e visitantes?
Para encontrarmos respostas, é bom conhecer o Grupo de Acessibilidade Arquitetônica e Urbanística da Â鶹ÊÓƵ (GRAAU), que busca ampliar a promoção do desenho universal e da cultura da acessibilidade, com ênfase nos campi da instituição. O desenho universal é a “concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos de tecnologia assistiva” (segundo a Lei Brasileira de Inclusão).
Embora os prédios novos da Universidade sejam dotados de elevadores, banheiros adaptados e pisos táteis, o caminho até eles nem sempre é acessível. Por isso, o Grupo realizou diagnóstico geral de mobilidade e acessibilidade de todos os campi da Â鶹ÊÓƵ.
O Solar da Baronesa, prédio histórico que abriga o Centro Cultural Â鶹ÊÓƵ, não ficou de fora e também foi avaliado pela equipe - e tem, inclusive, uma rampa efêmera já aprovada e uma permanente já atestada pelo Iphan.
A professora Fernanda Nascimento Corghi, coordenadora do GRAAU, explica que muitas dessas propostas de adaptações para acessibilidade foram colocadas em prática pelas gestões da Â鶹ÊÓƵ. "O Plano de Mobilidade do CTAN, por exemplo, está sendo feito. Na época em que começamos o projeto era como sonhar um sonho impossível!”
O trabalho do Grupo tem papel ativo das pessoas com deficiência. "Conversamos com os PcDs e elaboramos um relatório de demandas”, detalha Fernanda. Com o relatório em mãos, o Grupo vai aos campi, em cada prédio, avalia, faz o diagnóstico, sugere projetos e alterações de objetos, sugere rotas acessíveis que atendam a essas demandas e permitam que a PcD seja atendida, tenha barreiras diminuídas ou eliminadas, dentro do possível.
Fernanda ressalta que o Grupo insere, também, a acessibilidade nas artes, e relembra os bons momentos de intervenção artística, no Solar da Baronesa, como parte do Inverno Cultural. A professora, agora, está atuando no México, na área de Direito à Natureza para todas as pessoas, com ênfase nas PcDs.
“É uma honra colaborar para tudo que tem a ver com acessibilidade. Somar nestas questões é um ganho pro mundo!”
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Acesse, também, a página do Setor de Inclusão e Acessibilidade (Sinac): /incluir/