Â鶹ÊÓƵ

Qual o copo ideal para a cerveja das festas de fim de ano?

Publicada em 13/12/2024

O professor Claudio Pellegrini, do Departamento de Ciências Térmicas e dos Fluidos da Â鶹ÊÓƵ, calculou o formato ideal para copos de cerveja. Publicado originalmente na Revista Brasileira de Ensino de Física e, posteriormente com novos resultados, no repositório ArXiV, o analisa o design ideal do recipiente para preservar a temperatura gelada da bebida por mais tempo. 


Segundo Claudio, o desenvolvimento da pesquisa começou como uma “zoeira matematicamente rigorosa”. Um dos intuitos do professor era demonstrar como as ciências exatas estão presentes nas mais diversas situações cotidianas, assumindo um tom leve, divertido e bem-humorado para analisá-las.


Partindo do princípio de que os consumidores de cerveja preferem a bebida gelada, o pesquisador otimizou o design do copo para garantir a mínima troca de calor - sem o uso de isolantes - à medida que o líquido é consumido. O estudo, puramente teórico, apresentou uma solução analítica: o formato ideal para um copo de cerveja é semelhante a uma corneta. “Algo como uma tulipa com a boca larga”, conta Claudio.


Ou seja, o “copo ideal”, como intitulou o professor, é um dos mais populares: um recipiente com a base pequena que, gradualmente, fica mais largo à medida que se aproxima do topo, formato que se assemelha ao modelo pilsner. O famoso “copo americano”, um dos mais utilizados no Brasil, não apresenta essa estrutura, mas, por ter um baixo volume - cerca de 190 milímetros -, a cerveja é consumida com tanta rapidez que não tem tempo para esquentar. 


“Penso ter cumprido o principal objetivo declarado do artigo. Ou seja, despertar o interesse dos estudantes pela física e matemática, mostrando como ferramentas simples podem resolver problemas interessantes”, enaltece Claudio. 


Repercussão do artigo


O artigo “Optimizing Beer Glass Shapes to Minimize Heat Transfer -- New Results” foi veiculado em diversos portais de divulgação científica, como o das revistas alemã e a estadunidense . Além disso, o estudo também será divulgado na próxima edição da Pesquisa FAPESP.


“Certamente isso vai ajudar a projetar a instituição no cenário internacional”, celebra o professor ao afirmar a relevância de sua pesquisa para a inserção da Â鶹ÊÓƵ nos veículos de divulgação científica estrangeiros. “Ao todo, já são doze reportagens e um fórum publicados [referentes à pesquisa]”, acrescenta Claudio.


Texto e arte: Clarice Muscalu