Artigo de doutoranda em Bioengenharia é destaque em evento internacional
Publicada em 25/06/2021
Mariana Lourenço Campolino é estudante do Programa de Pós-Graduação em Bioengenharia da Â鶹ÊÓƵ (PPBE), e tem sua pesquisa orientada pela pesquisadora Sylvia Morais de Sousa Tinoco (Embrapa).
A doutoranda participou do evento on-line , que aconteceu na última semana de maio, promovido pelo Grupo Interdisciplinar de Plantas da Universidade de Missouri, Columbia (Estados Unidos), e pela Universidade de Nottingham (Reino Unido). O pôster apresentado por Mariana no evento foi classificado entre os três destaques. A apresentação foi realizada por meio de um vídeo de três minutos, gravado; durante a semana científica, os expositores ficaram on-line para interagir com o público e tirar dúvidas sobre suas pesquisas. “Esse momento foi bem interessante, pela troca de conhecimento”, conta Mariana.
O Simpósio reuniu a comunidade global de pesquisa sobre raízes para promover o intercâmbio e discutir novas descobertas, desenvolvimentos e desafios na biologia radicular. Foi abordada a pesquisa de raízes em diferentes escalas, desde o nível molecular até o nível do ecossistema em sistemas agrícolas e naturais.
A participação de Mariana foi incentivada por sua orientadora, e o interesse se deveu ao tema estar totalmente integrado ao seu trabalho de doutorado. As palestras centrais, destaca a doutoranda, foram ministradas por autores altamente citados na literatura relacionada com o sistema radicular de plantas e suas interações. “Foi uma semana de muito aprendizado e incentivo a seguir com esse tema de estudo. O evento foi excelente, eu fiquei muito feliz e empolgada com a premiação. É um sentimento de se estar fazendo a coisa certa, no caminho certo. Além de tudo, só tenho a agradecer à minha orientadora”, vibra Mariana.
Tese
A pesquisa de Mariana, intitulada Potencial de resposta morfofisiologia e rizosférica no cultivo de genótipos de milho e sorgo em campo sob diferentes níveis de reatividade de fosfato, diz respeito ao fato de os cereais receberem quase metade das aplicações mundiais de fertilizantes fosfatados, devido à baixa disponibilidade de fósforo no solo. De acordo com a estudiosa, as utilizações de fosfatos naturais, como o fosfato rochoso, estão a aumentar na agricultura brasileira, porque têm um custo mais baixo e são mais amigos do ambiente do que os fertilizantes fosfatados solúveis. Apesar da sua menor reatividade em comparação com os fertilizantes solúveis, a disponibilidade de fosfatos de rocha pode aumentar ao longo dos anos de cultivo, devido aos processos físico-químicos e à atividade da microbiota do solo. “Por isso a importância de avaliar a diversidade bacteriana da rizosfera de culturas como milho e sorgo, cultivados sob diferentes fontes e doses de fertilizantes fosfatados”, conclui.
A pesquisa de Mariana é um desdobramento de seu projeto de mestrado, desenvolvido na Embrapa, também sob orientação da professora Sylvia Tinoco, e tem previsão de ser defendida em agosto.
As publicações que formam a pesquisa que Mariana e Sylvia vêm desenvolvendo podem ser consultadas nos seguintes links: