Prevenção e autocuidado em saúde mental debatidos neste Setembro
Publicada em 24/09/2021
Uma das abordagens da campanha Setembro Amarelo é a que pode ser promovida pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da Â鶹ÊÓƵ (Proae), juntamente com o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA/Dpsic), na última segunda, 20. No bate-papo, as psicólogas da Proae, Edneia Batista e Christiane Guimarães de Aquino, juntamente com a psicóloga Paula Pontes Aguiar (SPA), dialogam com o médico psiquiatra Lucas Furtado Quintão, que atua clinicamente nas cidades de Conselheiro Lafaiete e Ouro Branco.
Edneia abriu a live falando sobre saúde e saúde mental, sobre como surgiu a data do Setembro Amarelo, destacando a importância de se trazer informações sobre o assunto, para que o tabu do suicídio possa ser quebrado e a busca de ajuda, incentivada. “Não podemos tapar os olhos para um problema de saúde pública, o estigma e o preconceito precisam ser rompidos. Falar ajuda a elaborar as angústias e incentiva a prevenção.Todos nós temos que estar atentos a quem está ao nosso lado, na busca de esperança”, relata.
Em seguida, Lucas Quintão apresentou os três aspectos psicológicos do suicídio: a ambivalência, ou seja, o tudo ou nada; a impulsividade, referente à tomada de atitude de romper com a vida; e a rigidez, que significa a difificuldade de se traçar uma estratégia para sair do problema.
O psiquiatra também apontou os quatro “Ds” que estão presentes no suicídio: depressão, desesperança, desamparo e desespero. Ele afirma que não se pode ignorar ou contemporizar a dor do outro e a possibilidade de se tirar a própria vida. Precisamos ouvir, ter empatia, levar a sério falas que podem induzir a esse contexto e apresentar alternativas de se buscar ajuda. Diferentemente da doença física, que pode ser vista por todos, a doença mental, em muitos casos, só será entendida a partir do momento em que a pessoa se interesse e passe a participar do dia a dia da outra.
Saúde mental dos estudantes
Também esteve na pauta da live a saúde mental dos estudantes universitários. Paula Pontes trouxe a realidade de muitas dúvidas e conflitos dos aluno nesse período, como a ansiedade pela escolha do curso, as exigências acadêmicas, que podem trazer uma auto exigência para o estudante, o sentimento de incapacidade, os medos na hora da inserção no mercado no trabalho, somados à história individual e social de cada um. Quando o estudante passa por isso, é necessário que ele não hesite em procurar ajuda.
Christiane Aquino falou sobre a importância terapêutica de o aluno sempre se questionar: como eu estou, qual o meu projeto aqui, o que eu quero, além de criar uma rotina de estudos e de autocuidado e formar vínculos. O ambiente acadêmico pode ser um fator de adoecimento, daí a atenção ao diálogo, ao apoio mútuo e à coletividade. “A ajuda está no acolhimento, na disponibilidade para ouvir, sem pré-julgamentos, incentivando a busca por ajuda profissional. A esperança não pode ser passiva, ela precisa de ação!”, avalia Cristiane. A psicóloga deixa um recado à comunidade discente: “Você não está sozinho, existe uma comunidade acadêmica que pode te ajudar.”
Serviços disponíveis na Â鶹ÊÓƵ
Serviço de Psicologia Proae (psi_covid@ufsj.edu.br)
Serviço de Atendimento Psicológico Emergencial Pandemia Covid 19 (spa@ufsj.edu.br)
Outros serviços de atendimento geral
CAPS: Centro de Atenção Psicossocial
Rede de Atenção Básica e Saúde
CVV: Centro de Valorização da Vida - Disque 188
SAMU - Disque 192
Bombeiros - Disque 193