Reitores se reúnem com bancada mineira em busca de recursos
Publicada em 16/11/2021
As universidades de Minas vão receber recursos da ordem de quase R$ 13 milhões. O anúncio foi feito pelo deputado federal Diego Andrade (PSD), líder da bancada mineira na Câmara. O encontro foi na última semana, em Brasília. Estiveram presentes 10 reitores e reitoras das universidades federais que integram o Fórum das Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais (Foripes-MG), além dos deputados Dr. Frederico (Patriota), Rogério Correia (PT) e Reginaldo Lopes (PT).
Segundo o deputado Rogério Correia (PT), há uma expectativa muito grande no repasse desses recursos, uma vez que as emendas de bancada acabaram se tornando algo essencial para universidades e institutos. “A emenda acaba sendo essencial e a bancada está unida para colocar o máximo de recurso nas instituições federais”, ressaltou.
A iniciativa recebeu também o apoio do deputado federal Dr. Frederico (Patriota), que enfatizou a importância da Educação. “Sem ela, não estaríamos aqui. Tudo se inicia nas universidades federais, a gente sabe que sem educação não teríamos as demais profissões, nós estamos aqui graças a toda educação, às universidades, que sempre têm protagonismo, e vamos fazer todos os esforços”, acentuou.
A expectativa das reitoras e dos reitores é que se retome a divisão igualitária para todas as universidades e institutos. Minas Gerais é o Estado que tem o maior número de universidades e institutos federais. A perspectiva é que 2022 seja um ano difícil, existe a possibilidade de retomada das atividades presenciais, o que demandará mais recursos.
O reitor Marcelo Andrade apoiou o pleito coletivo das demais instituições e externou sua preocupação com as consequências do agravamento da crise econômica no país. “No período pós-pandemia, será necessário maior investimento para a permanência dos alunos nos seus cursos, por isso o apoio dos parlamentares será de extrema relevância no sentido não apenas das emendas, mas na garantia do nosso orçamento”, frisou.
Recomposição
Apesar da boa notícia, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT) chamou a atenção para os desdobramentos do corte de 40% nas emendas de bancada. A ideia é organizar com o relator do orçamento uma correção nos recursos e atender à demanda da Andifes para a recomposição do orçamento das Ifes, no montante de 1 bilhão e 700 milhões reais, dinheiro necessário para o funcionamento das instituições ao longo do ano de 2022.
O deputado também destacou a urgência do financiamento da assistência estudantil, ainda mais nesse contexto de crises. Marcelo concordou e disse que há uma grande preocupação com a evasão escolar. “Quando retomarmos nossas atividades presenciais, seja nos Ifets ou nas universidades federais, será preciso avaliar o impacto que teremos na evasão de alunos. Se esses alunos não tiverem a garantia de moradia, de alimentação, de ter subsídios para dar continuidade aos seus estudos, talvez estejamos falando de uma evasão recorde pela conjuntura socioeconômica que o país enfrenta”, salientou.
O presidente do Foripes e reitor da Unifal, Sandro Amadeu Cerveira, apontou que, nos últimos cinco anos, as instituições de ensino superior perderam mais de 50% do orçamento discricionário, ou seja, aquele usado para custeio e investimentos, além de terem que arcar com o aumento dos gastos provocados pelo aumento das tarifas públicas e dos insumos, do reajuste dos valores de mão de obra terceirizada em contratos de manutenção, e do aumento da demanda da assistência estudantil em virtude da crise social. “Esse investimento que nós estamos pleiteando aqui não visa garantir a nossa própria manutenção porque não está no orçamento discricionário, não estamos falando aqui de algo que nos interessa individualmente. Estamos aqui na defesa das instituições, na defesa do nosso país e do nosso Estado”, destacou.
Luciene Tófoli
Assessoria de Relações Interinstitucionais