1 - Posicionamento da Andifes sobre escolha e nomeação de reitores das universidades federais
A Andifes, em reunião do seu Conselho Pleno, realizada no dia 18 de setembro de 2020, ouvindo também as entidades que representam os docentes, os técnicos administrativos, os estudantes e a comunidade científica, deliberou por reafirmar sua posição em favor da nomeação como reitor da Universidade Federal, pelo Sr. presidente da República, do primeiro colocado na lista tríplice.
A sociedade observa a consolidação do sistema de universidades federais do Brasil como um dos mais importantes do mundo. Um processo que se efetiva de forma progressiva desde a década de 1980. Não por acaso, tal movimento coincide com procedimentos legais, legítimos e democráticos de escolha dos dirigentes universitários pela comunidade acadêmica. Tais procedimentos são informados pelo inafastável princípio constitucional da autonomia universitária, escrito no artigo 207 da Constituição Federal.
A lei estabelece que os reitores das universidades federais devem ser escolhidos entre os professores ativos, aprovados em concurso público, de provas e títulos, que alcançaram o último grau da carreira, com doutorado. Condições necessárias.
A prática, historicamente consolidada, é que a comunidade universitária seja consultada diretamente sobre qual projeto acadêmico pedagógico e de gestão deve orientar seus destinos institucionais. Após essa escolha, um colégio eleitoral especial elege uma lista tríplice, ordenada do mais votado ao último colocado. Esta eleição formaliza a manifestação da comunidade acadêmica.
Os fatos revelam que reitores escolhidos pela comunidade acadêmica têm que, necessariamente, estar atentos à diversidade de perspectivas que se abrigam no ambiente universitário. Assim, são impulsionados a gerir as instituições tendo em foco o fortalecimento do ensino, da pesquisa, da extensão, da cultura, da busca da inovação e do bem-estar social, privilegiando o interesse público e o desenvolvimento nacional.
Foi com a autonomia universitária, que não afasta o controle estatal e social, e democracia, materializadas na nomeação dos primeiros colocados, que as universidades públicas se tornaram responsáveis por 95% da pesquisa realizada no país, levando a produção científica brasileira a alcançar a posição de destaque que hoje ocupa no mundo.
Por essas razões, a Andifes entende que a nomeação como reitor, do escolhido majoritariamente pela comunidade universitária, unindo a legitimidade, a legalidade e a impessoalidade, garante a sintonia do dirigente com o projeto acadêmico da universidade e a liderança institucional também necessárias para a gestão eficiente e plural, em benefício da sociedade. O docente mais votado deve ser nomeado reitor.
2 - Incêndios no Pantanal: aula aberta ao público analisa causas e consequências desse desastre ambiental
Na próxima terça-feira (29/9), às 19 h, a aula on-line da disciplina Ecologia do Fogo, sobre "Incêndios no Pantanal: causas, comportamento do fogo e consequências" será aberta, gratuitamente, e transmitida pelo .
Quem acompanhar a Live terá a oportunidade de também fazer perguntas.
O convidado para a apresentação Christian Neil Berlink, analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Ele coordenou a implementação do manejo de fogo em diversas áreas protegidas do ICMBio e atualmente está à frente das ações de combate às chamas no Pantanal.
Segundo o pesquisador, o Pantanal é a maior área alagada do planeta, mas que vem vivenciando uma intensa seca, desde 2019. "A redução das chuvas diminuiu a quantidade de água nos rios e nas planícies de inundação, e resultou em solos e vegetação extremamente secos", afirma.
Esses fatores, aliados às altas temperaturas e a ventos fortes, mas principalmente ao uso inadequado do fogo, acarretou incêndios florestais de grandes proporções, intensos e severos, com grande complexidade de controle.
"Os impactos da fumaça no sistema respiratório, agravado pelo Covid-19, os danos econômicos à agropecuária e ao turismo, e a transformação da paisagem e perda de biodiversidade são incalculáveis e dificilmente serão recuperados", analisa.
O professor José Eugênio Côrtes Figueira, do Laboratório de Ecologia de Populações do ICB e que coordena a disciplina Manejo do Fogo, fala dos conceitos e estudos sobre a ecologia do fogo, e convida a todos a participar deste encontro.
ECOLOGIA, CONSERVAÇÃO E MANEJO
Manejo do Fogo é um disciplina do Programa de Pós-graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre (ECMVS), que é oferecido no Instituto de Ciências Biológicas da UFMG a partir da união de três de seus departamentos: de Genética, Ecologia e Evolução, de Botânica e de Zoologia.
O ECMVS tem como visão ser um programa de pós-graduação transdisciplinar, no qual docentes e discentes trabalham orientados por problemas em Ecologia e Conservação.
Última atualização: 23/09/2020