1 - 2021: ano letivo na Â鶹ÊÓƵ será remoto
Reunido na última quinta-feira (25/3), o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conep) aprovou resolução que trata dos dois próximos períodos letivos na Â鶹ÊÓƵ para o ano de 2021. O início do primeiro semestre está marcado para o dia 17 de maio, e o segundo, para 13 de setembro, tendo cada semestre a duração de 14 semanas. A íntegra da Resolução 004/2021, que entra em vigor em 18 de abril, está disponível
neste link.
A nova legislação determina que a inscrição em unidades curriculares (disciplinas) a partir do primeiro semestre deste ano será facultada aos estudantes regularmente matriculados na Â鶹ÊÓƵ, enquanto durar a emergência na saúde pública por causa da Covid-19. Com a resolução, tornaram-se equivalentes os períodos de Ensino Remoto Emergencial (ERE) 1 e 2, ofertados segundo a resolução Conep 007/2020, aos semestres acadêmicos de 2020/1 e 2020/2.
A resolução trata também das formas de ensino possíveis - remota, híbrida e presencial. O texto deixa claro que atividades presenciais, sejam no formato híbrido ou integralmente presencial, só poderão ser realizadas em condições de segurança para a comunidade acadêmica e cumprindo as resoluções do Conselho Universitário que tratem da matéria.
Os colegiados de curso deverão manter a oferta das unidades curriculares na forma remota, mesmo com a autorização de ensino presencial, a fim de melhor organização da grade horária do curso, enquanto durar a situação de emergência de saúde pública decorrente da Covid-19.
Relatoria
O assunto foi relatado no Conep pelo professor Rafael Russo Chagas (CCO). A edição dessa nova resolução foi necessária, uma vez que a Resolução 007/2020 estabelecia apenas dois períodos emergenciais, que terminam em 17 de abril, sem previsão do que aconteceria a partir desta data.
Rafael entende que a comunidade acadêmica deve estar atenta ao fato de que “as unidades curriculares que serão ofertadas nos períodos de 2021 continuarão a ser oferecidas de forma remota até que o Conselho Universitário aprove resoluções para o retorno gradual e seguro às atividades presenciais.”
Segundo o relator, a proposta foi construída e amplamente discutida pelos conselheiros, tendo em vista a preservação da vida, da saúde e do bem-estar da comunidade acadêmica. “Procuramos resolver da melhor maneira possível os problemas verificados durante os dois períodos emergenciais, sempre respeitando os princípios democráticos e as resoluções vigentes”, afirma Rafael.
2 - Proad informa sobre alteração do Calendário Administrativo 2021
Confira abaixo informativo da Pró-Reitoria de Administração (Proad) sobre o Calendário Administrativo 2021:
"Em 17 de março de 2021, foi aprovada, pelo Conselho Diretor (Condi), a Resolução nº 003/2021, que altera o Calendário Administrativo 2021 da Â鶹ÊÓƵ. A necessidade de alteração se justifica no que estabelece a Portaria Nº 430, de 30 de dezembro de 2020, do Ministério da Economia, em seu "artigo 1º, inciso XI" e em seu "artigo 5º", in verbis:
'Art. 1º Ficam divulgados os dias de feriados nacionais e estabelecidos os dias de ponto facultativo no ano de 2021, para cumprimento pelos órgãos e entidades da Administração Pública federal direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, sem prejuízo da prestação dos serviços considerados essenciais:
(...)
XI - 28 de outubro, Dia do Servidor Público - art. 236 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, a ser comemorado no dia 01 de novembro (ponto facultativo);'
'Art. 5º É vedado aos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal antecipar ou postergar ponto facultativo em discordância com o que dispõe esta Portaria.'
Ressalta-se que, todos os anos, o Ministério da Economia publica a Portaria que trata sobre este assunto nos últimos dias do mês de dezembro, quando o Calendário Administrativo da Â鶹ÊÓƵ já está aprovado e publicado.
Para acessar a Resolução nº 003, de 17 de março de 2021, Condi e o Calendário Administrativo de 2021 atualizado,
clique aqui.
Link utilizado no texto:
3 - Covid-19: periódico internacional publica artigo da Â鶹ÊÓƵ
Análise dos fatores de risco de mortalidade em pacientes com Covid-19 hospitalizados: um estudo baseado em dados utilizando a maior base de dados brasileira. Esse é o título em português do artigo científico publicado recentemente no , e que foi elaborado por quatro professores da Â鶹ÊÓƵ e uma pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo a professora do Departamento de Ciências da Computação (Dcomp) e uma das autoras, Fernanda Sumika Hojo de Souza, o artigo apresenta estudo pioneiro de delineamento do perfil de pacientes brasileiros com Covid-19 hospitalizados e análise dos fatores de risco de mortalidade. “Conhecer o perfil dos pacientes com Covid-19 e os fatores de risco para morte é de suma importância para a melhoria dos protocolos de contenção da doença. Assim, identificar as faixas de idade mais atingidas, as comorbidades que levam ao quadro mais grave da doença, incluindo fatores socioeconômicos como escolaridade, raça e diferenças entre as regiões do Brasil, pode ser de grande auxílio”, afirma a professora.
O estudo, baseado nos dados de mais de 162 mil pacientes que testaram positivo para Covid-19 pelo teste de PCR-RT, foram extraídos do SIVEP-GRIPE, e permitiu aos pesquisadores constatar que a taxa de hospitalização é maior entre os homens (56,6%) e entre os pacientes mais idosos de ambos os sexos. A taxa de letalidade é bastante elevada para pacientes diagnosticados que são hospitalizados (41,3%), especialmente aqueles com idade acima de 60 anos. Os principais sintomas apresentados foram tosse, dificuldade e desconforto respiratório, febre e baixa saturação de oxigênio. As comorbidades mais prevalentes foram doença cardíaca, diabetes, doença renal, neuropatia e doença pulmonar.
Cerca de 40% desses pacientes precisaram ser internados na UTI e a maioria (62%) veio a óbito. Entre os que necessitaram de ventilação mecânica invasiva, a taxa de letalidade foi extremamente alta, de 83%. Já para pacientes com idade abaixo de 40 anos, os fatores de risco para prognóstico ruim foram necessidade de ventilação mecânica invasiva e existência de comorbidades como diabetes e imunossupressão. Também foi constatada a baixa hospitalização de pacientes asmáticos e, entre aqueles hospitalizados, a taxa de recuperação foi o dobro daqueles que morreram, concluindo-se que a asma não é fator de risco para a Covid-19.
Outro aspecto que chamou a atenção dos pesquisadores foi a forma desigual com que a pandemia afeta diferentes segmentos da população: a taxa de letalidade foi maior entre pacientes das regiões Norte e Nordeste, de cor/raça não-branca, com níveis educacionais mais baixos.
Assinam o artigo, além de Fernanda, os professores da Â鶹ÊÓƵ Daniel Ludovico Guidoni (Dcomp), Ben Dêivid Oliveira Batista (Departamento de Estatística, Física e Matemática - Defim), Cristiano Maciel da Silveira (Departamento de Tecnologia em Engenharia Civil, Computação, Automação, Telemática e Humanidades - Dtech), e da pesquisadora do Laboratório de Imunologia da Fiocruz-MG, Natália Satchiko Hojo de Souza. Os pesquisadores participaram em diferentes partes de construção do texto, que inclui desde a conceituação e curadoria de dados até a validação, redação e revisão. “Através de um esforço colaborativo e reuniões remotas, foi possível o desenvolvimento do trabalho”, afirma Fernanda Sumika.
O artigo completo pode ser acessado neste link: .
4 - Prope alerta que prazo para entrega de relatórios de editais termina nesta quarta (31/3)
A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Prope) lembra aos pesquisadores que o prazo para a entrega de relatório final dos editais nº 002,004, 006 e 007/2019 encerra nesta quarta-feira (31/3).
5 - Â鶹ÊÓƵ recebe estrangeiros em intercâmbio na pós-graduação
O Programa de Pós-Graduação em Física e Química dos Materiais (FQMAT) receberá, em setembro deste ano, dois estudantes estrangeiros, uma colombiana e um mexicano, que estarão cursando mestrado e doutorado na Â鶹ÊÓƵ. A ação se concretizou por meio do Programa de Alianças para a Educação e a Capacitação (Paec).
Iniciado em 2011, o Programa é fruto de um acordo entre o Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (GCUB) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), e conta com o apoio da Divisão de Temas Educacionais e Língua Portuguesa do Ministério das Relações Exteriores do Brasil e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).
A seleção para o Paec é anual, e a Â鶹ÊÓƵ se filiou em 2014. “Nossa primeira adesão foi no ano seguinte. Na ocasião, os programas de pós em Letras, Educação, Engenharia Elétrica, Engenharia da Energia, Enfermagem e o Doutorado Multicêntrico em Química de Minas Gerais ofereceram vagas e bolsas. Depois disso, em face dos cortes orçamentários e da redução de bolsas disponibilizadas pela Capes, não aderimos às chamadas subseqüentes”, explica a Assessora de Assuntos Internacionais da Â鶹ÊÓƵ, Liliane Assis Sade.
Para ela, o Paec é importante por contribuir para o processo de internacionalização dos programas de pós-graduação da Â鶹ÊÓƵ, visto ser este um dos critérios de avaliação da Capes, a agência nacional de fomento à pós-graduação. Nesse quesito, são avaliados indicadores como o número de publicações internacionais de alto impacto, as parcerias com universidades estrangeiras e a oferta de aulas em língua estrangeira. “Ao receber esses alunos, os programas dão mais um passo na direção da internacionalização, beneficiando-se também do multiculturalismo e multilinguismo que essas vindas representam”, afirma a assessora.
Além de garantir visibilidade nacional e internacional à Â鶹ÊÓƵ, a participação em programas de cooperação contribui também para o chamado “processo de internacionalização em casa.” “Num momento em que a mobilidade acadêmica internacional está comprometida tanto pela pandemia da Covid-19 quanto pelos cortes orçamentários, a presença de alunos estrangeiros na instituição propicia experiências significativas para nossa comunidade acadêmica, trazendo as relações internacionais para dentro dos muros da Â鶹ÊÓƵ”, analisa Liliane.
FQMAT
Coordenado pelo professor Marco Antônio Schiavon (Departamento de Ciências Naturais), o Programa de Pós-Graduação em Física e Química dos Materiais receberá pelo Paec o estudante mexicano Alberto Jorge Baeza Campuzano, que cursará doutorado, e a pós-graduanda colombiana Maria Del Rosario Dias Granados Gimenes, que iniciará o curso de mestrado. De acordo com Schiavon, a seleção no Paec é feita por interesse dos alunos no programa de pós-graduação. Depois de inscritos, os candidatos são selecionados de acordo com a formação e currículo. Para as duas vagas da Â鶹ÊÓƵ, concorreram cinco estudantes para o mestrado e dois para doutorado.
Buscando expandir seu conceito junto à Capes, o FQMAT investe em ações de internacionalização. “O Programa tem adotado estratégias nessa direção e assim diversas ações são implementadas como, por exemplo, a realização de pós-doutoramento de docentes no exterior, programas de colaboração bilateral - caso do que tivemos com a França de 2015 a 2018 (Capes-Cofecub), o qual envolveu o estágio de alunos de doutorado do FQMAT naquele país por um ano, além de outros alunos que estagiaram no exterior por meio de outros editais, como o PNPD da Capes e doutorado-sanduíche do CNPq”, destaca Schiavon.
Outra estratégia de internacionalização do FQMAT tem sido a redação de teses em inglês. “Em 2020, tivemos nossa primeira tese de doutorado defendida em inglês, com a presença de pesquisadores internacionais compondo a banca examinadora. Em 2021 deveremos ter outras teses nesse modelo”, prevê.
6 - Especial Dia Mundial do Teatro: A reinvenção das artes cênicas em tempos de pandemia
As cortinas se abrem. O espetáculo acontece. O público aplaude. As cortinas se fecham. Esse resumo bastante limitado sobre um espetáculo teatral seria, um ano atrás, mera obviedade. Hoje, não mais! Em tempos de pandemia, a arte precisou se reinventar, mas não perdeu sua essência.
“Com o advento de novas formas de difusão cultural, como as mídias internáuticas, tornou-se mais fácil, ao pequeno produtor cultural, a difusão e divulgação de seu trabalho. A pandemia aprofundou a influência dessas novas ‘redes’ e assim, também, abriu espaço para produções mais localizadas, que tratam das realidades de cada região”, comenta a coordenadora dos cursos de Teatro da Â鶹ÊÓƵ, professora Claudia Braga.
Este novo cenário provavelmente terá um impacto na formação dos estudantes. “Os cursos de Teatro da Â鶹ÊÓƵ, que já estavam em fase de reformulação, estarão atentos a essas transformações de modo a inseri-las na formação dos profissionais que lá se prepararão”, afirma a docente.
O nascimento tanto do bacharelado como da licenciatura em Teatro da Â鶹ÊÓƵ remonta ao final de 2008 e a primeira turma iniciou em março de 2009. De acordo com o professor Alberto Tibaji, docente do curso e do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC), isso vai ao encontro da vocação artística de São João del-Rei e região. “A gente sempre fala de São João del-Rei como a cidade da música, mas também é uma cidade do teatro. A gente tem registros de apresentações cênicas desde o século XVIII, não apenas de teatro, mas também de óperas”, informa.
Segundo o portal Educação UOL, o Dia Mundial do Teatro (27 de março) foi criado em 1961 pelo Instituto Internacional de Teatro, ligado à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A primeira mensagem do Dia Mundial do Teatro foi escrita pelo escritor e dramaturgo francês Jean Cocteau, em 1962.
* Especial Dia Mundial do Teatro. Acompanhe as próximas publicações nas redes sociais da Â鶹ÊÓƵ: , e .
7 - Legen promove palestra sobre ensino de línguas em 8 de abril
O grupo de pesquisa Letramentos, Gêneros e Ensino da Â鶹ÊÓƵ (Legen) realiza, no dia 8 de abril, às 19h, a palestra LINGUÍSTICA APLICADA E CRÍTICA DECOLONIAL: DESAFIOS PARA O ENSINO DE LÍNGUAS. O convidado é o professor Alexandre Cadilhe, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O encontro virtual será mediado pela profa. Laura Botelho e será transmitido no no YouTube.
8 - Especial Dia Internacional da Mulher | Dica de filme: O feminismo cinematográfico da pioneira Alice Guy
Por Ana Lúcia Andrade
A data em homenagem à luta e às conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres só foi definitivamente instituída pela ONU em 1975, década que fez emergir a então preterida primeira diretora de cinema do mundo: Alice Guy (1873-1968). Esta pioneira francesa, que entrou no mercado cinematográfico ainda em 1896, como secretária da Gaumont, fabricante de câmeras e projetores, logo se firmou como cineasta, impressionando tanto pela qualidade de suas produções que, já em 1905, foi nomeada diretora de produção, supervisionando outros diretores da empresa.
A História do Cinema, também oficializada pela cultura machista, acabou escondendo o protagonismo das mulheres que ajudaram a desenvolver esta arte (vale a pena conferir o documentário – Et la femme créa Hollywood, França/EUA, 2016, de Clara e Julia Kuperberg). Os filmes dos primórdios não tinham créditos como hoje, mas, através de digitalização, pesquisa aprofundada e uma consciência sobre o potencial feminino, os créditos de algumas obras passaram a ser reatribuídos, como é o caso das de Alice Guy.
De sua vasta e ainda pouco conhecida filmografia, tanto como diretora quanto produtora, pode-se destacar (Les résultats du féminisme, França, 1906) em que os “papéis” de homens e mulheres estão invertidos, suscitando uma reflexão crítica e bem humorada sobre os absurdos padrões de comportamento apreendidos em sociedade.
Além de promover temáticas sobre igualdade de gênero, Alice Guy foi precursora ao experimentar com o som e a cor, antes de seu desenvolvimento técnico: “Não há nada relacionado à encenação de um filme que uma mulher não possa fazer tão facilmente quanto um homem”, escreveu a cineasta na revista americana Moving Picture World, em 1914, quando já morava nos Estados Unidos, onde se estabeleceu com o marido Herbert Blaché, montando sua própria produtora, a Solax, em 1910, e construindo um estúdio que, por problemas financeiros, acabou fechando, em 1919.
Embora o marido tenha dirigido filmes para estúdios de Hollywood, Alice Guy não conseguiu se firmar na indústria predominantemente masculina ali estabelecida. Felizmente, seu legado é hoje lembrado e estudado, conferindo o merecido valor a esta talentosa e desbravadora artista feminista.
Professora Titular do Departamento de Fotografia e Cinema da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Feminista, cinéfila e amante de gatos.
Última atualização: 30/03/2021